O MAS foi impedido de concorrer a estas eleições, por inação do Tribunal Constitucional. Por isso, nas Legislativas de 2024 não estará presente uma solução que coloque em marcha a construção de uma alternativa independente às políticas do PS. Perante o avanço da extrema-direita e sabendo que o centrão e a direita continuarão, como sempre, a governar para os grandes grupos económicos que controlam o país, somos confrontados com um dilema no plano eleitoral. Resta-nos dar um voto crítico àqueles que, infelizmente, se recusam a construir a alternativa de que tanto precisamos.
Não temos esperança de que algo mude com o eventual reforço dos aparatos do PCP e do BE, que se recusam a chamar à unidade de quem queira construir um caminho com independência de classe, em defesa dos interesses dos de baixo, e continuam a procurar a conciliação com o PS. Porém, acreditamos que o voto à esquerda do PS, ao contrário do voto nulo ou voto branco nestas eleições, não reforça os maiores partidos do sistema nem as forças de direita, liberais ou reacionárias. Além disso, fazemos o apelo aos militantes e simpatizantes dos partidos da esquerda parlamentar para que pressionem as suas direções no sentido de uma estratégia unida, independente e combativa.